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Anelídeos

Escavava e escavava. E ainda escavava mais (tudo o que podia). Consumia-se na construção de túneis e galerias mirabolantes. Quanto mais subterrâneos, e compridos, melhor. E depois içava-se arrastadamente até à superfície, assim como quem não quer a coisa. E enrolava-se, e desenrolava-se, e imobilizava-se, e estrebuchava. Às vezes também se divertia a desenhar coreografias circulares. Ou estranhos ésses. Contudo, o que lhe dava mesmo prazer, prazer-prazer, era escavar. Escavar, escavar, escavar. E tudo recomeçava. Passava os dias nestas minhoquices.