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Pigmeu

Pequenito, pois bem. Mas de mais ninguém.

Belas gafas, melhor canção

HQ

Sim. Klaus sentiu muita sede. Todo ele era sede. Uma desesperante sede. As suas pernas, cadeiras. Os seus cotovelos, secretárias. Os seus pêlos, piaçabas. As suas pálpebras, fotocopiadoras. Os seus joelhos, livros de actas. As suas mãos, a máquina automática de café situada em frente à porta giratória de entrada onde phica o ponto e a recepção com a simpaticíssima menina Solveig. Sede, portanto. Ou talvez não: quiçá Klaus estivesse antes com muita fomeca.

Bianca

O seu sorriso andava diferente. Mudara. Há semanas que não levava os dentes.

A teoria da luva única

Já alguém se perguntou por que razão uma luva perdida aparece sempre enquanto duas juntas é uma absoluta raridade? Bem-vindos à teoria da luva única. A resposta: porque duas luvas perdidas, juntas e se parecidas, iguais mesmo, um parzinho, sempre podem ser calçadas. Daí que a luva única, exposta em local público, e bem visível, sirva de compromisso, algures entre a frustração de não ser um belo conjunto e o dever cívico da devolução. É assim o ser humano, odiamos as metades. Queremos completude. Harmonia. O tudo ou nada. Adão e a sua costela. Claro, o mesmo postulado poderia ser vertido à teoria do guarda-chuva com varetas de fora, outra das vítimas do abandono racional. Selectivo. Mas essa fica para a próxima, assim mo permitam.

Dislexia

Mas já não vai. Tem horrores só de pensar na Torre de Pias.

Prefiero que me mientas